A série norte americana “Atypical” retrata as dificuldades que Sam, um adolescente autista, encontra dentro do convívio social e com o meio externo. Alguns episódios mostram como o excesso de informações visuais afeta seu psicológico e causa ataques de pânico. Fora das telas de cinema, nota-se que a poluição visual nos centros urbanos traz prejuízos para a sociedade, dentre eles: o aumento da exclusão social e do número de acidentes de trânsito.
Em primeiro plano, é indiscutível que a exclusão social de pessoas com deficiência cognitiva é ampliada pela problemática abordada. De acordo com a filósofa alemã Hannah Arendt, o individualismo e o egoísmo dos homens tornam as mazelas sociais indiferentes diante do todo, fazendo com que as minorias sejam mediocrizadas e esquecidas com o passar do tempo. Dessa forma, é nítido que o exagero de propagandas, placas e cartazes nas ruas das grandes cidades afeta negativamente a saúde mental de determinados indivíduos, fazendo com que eles se autoexcluam do meio social em busca de tranquilidade.
Além disso, é possível afirmar que o cansaço visual pode alterar os níveis de irritação dos motoristas, causando mais incidentes. Segundo um estudo feito pela Universidade A&M, do Texas, a contaminação dos aspectos ópticos tem potencial de aumentar os níveis de estresse, distração e desconforto dos cidadãos, atrapalhando sua locomoção e invadindo o espaço de outros condutores, o que gera uma elevação na taxa de acidentes ocasionados no trânsito. Sendo assim, o excesso de propagandas e imagens dispostas nas ruas e rodovias também afeta a segurança coletiva, além do meio pessoal.
Diante do exposto, é incontestável que a poluição visual traz muitos prejuízos, principalmente para as pessoas com deficiência cognitiva. Para combater o problema, é necessário que o Ministério da Cidadania se una ao Ministério da Educação para disseminar informações sobre a situação em que esse grupo se encontra. Tal atitude deve ocorrer por meio de palestras e projetos sociais que tangenciem as empresas de marketing, visando instrui-las a cerca da problemática diante da visão da minoria afetada a fim de elevar a qualidade de vida da camada especificada e consequentemente do resto da população.
Aluna: Amanda Mendanha Peripolli 2° ano A
Professora: Isa Angélica
