Peça escrita por Gil Vicente, que é considerado o primeiro grande dramaturgo português, foi lançada em 1517, seu teatro chamado Teatro Vicentino teve origem em 1502, suas peças possuem um forte teor satírico e em muitas delas ele critica os costumes da sociedade portuguesa com a presença de elementos causantes de humor, com uma adaptação em português moderno de Douglas Tufano, “Auto da Barca do Inferno”, na verdade é uma peça onde há presença de uma certa aventura e suspense no século XVI na sociedade portuguesa, com um enredo maravilhoso que nos prende no livro até o final, como é um livro relativamente pequeno há uma grande probabilidade de termina-lo rapidamente.
Como dito antes a história se passa no século XVI numa sociedade portuguesa, onde as pessoas acreditavam que ao morrer elas se encontrariam em um rio com um porto, e nesse haveria duas barcas, uma que levaria ao paraíso, acompanhada por um anjo, e outra que levaria ao inferno acompanhada por um diabo e seu companheiro. No decorrer do enredo há presença de muitos participantes como: fidalgo, onzeneiro, sapateiro, parvo, frade, Brísidia entre outros, uma das coisas que chama a atenção é o fato de cada personagem ter um destino e uma história diferente, cada um primeiro sempre vai no barco o qual leva ao inferno, porém logo após eles avistam o que leva ao paraíso e imediatamente se movem para o outro que é um barco pequeno em relação ao do diabo, isso se deve provavelmente pela maior parte das pessoas possuírem pouca crença, ou por realizarem coisas erradas ao longo de sua vida, por isso a maioria deles vai no barco do inferno por terem feito coisas muito erradas como ter ganância e não pedir perdão, é claro que muitos tentam pedir desculpas na hora, mas já era muito tarde e eram encaminhados para o barco que levava ao inferno imediatamente, por ter uma certa diversidade entre cada personagem continuamos presos no livro até o final para saber o destino de cada um.
Recomendo esse livro para adolescentes e adultos, porque aborda um conteúdo que não é muito bom para crianças, mas para outras faixas etárias é ótimo, aborda uma cultura e crenças muito diferentes das que conhecemos, uma ótima escolha também para realizar peças de teatro em escolas, é um livro realmente bom com uma história bem interessante e curiosa.
(Kamily de Andrade Campos, aluna do 9º “A” / Escola Interativa Coopema)