“Velhice não deveria ser entendida como doença, pois não é algo contrário à natureza”. Essa afirmação do filósofo grego Aristóteles remete à atual necessidade de políticas públicas em prol dos idosos no brasil, o que é um desafio. Essa situação é resultado inegável da negligência governamental contra esse grupo, a qual contribui para o atraso da efetivação de tais ações. Assim, entre os fatores que alicerçam essa problemática, apresentam-se o preconceito e a diminuição das taxas de natalidade.

         Dessa forma, nota-se que o preconceito com os longevos agrava os empecilhos para políticas públicas que os favoreçam. Isso acontece devido a uma falha da família, uma vez que não educando ou repreendendo os filhos quanto à importância da preservação dos direitos dos idosos poderia contribuir à perpetuação de uma conduta nociva em relação a eles. Como consequência disso, nota-se a baixa adesão da população em assuntos ou manifestações a favor desse grupo. Exemplo claro dessa realidade é o próprio descaso governamental, visto que a pressão sobre o Estado ainda é baixa.

         Além disso, é perceptível que a diminuição das taxas de natalidade colabora para a problemática. A partir de análises da Geografia Humana, isso acontece, pois, como consequência desse fato há maioridade numérica idosa frente a dos que ingressam como mão de obra no mercado de trabalho. Com base nisso, nota-se que o processo de manter as garantias dos longevos é muito dispendioso e a problemática é dificultada ao considerarem-se as falhas políticas e recentes recessões econômicas brasileiras.

         Assim, é inegável que a negligência governamental é base dos desafios para o estabelecimento de políticas públicas que favoreçam os idosos. Para solucionar essa problemática, é necessário que o Governo Federal crie, por meio de um projeto de lei a ser votado no Congresso, o Programa Internacional “Mão de Obra Brasil”, que irá flexibilizar as fronteiras do país a fim de uma maior movimentação econômica por meio da imigração de trabalhadores. Dessa forma, os recursos disponíveis para a criação de medidas que garantam o bem-estar dos longevos aumentarão. Além disso, a mídia deve contribuir para a conscientização familiar acerca da importância da educação dos filhos acerca dessa questão.

 Alexandre Martins Barbosa