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ENSINO FUNDAMENTAL II
25 Novembro 2022
CRÔNICA: IMPACTOS QUE AS AMIZADES PROVOCAM

Talita Bonfim de Souza – 8º “B”

 

            Geralmente eu via minhas amigas na escola e às vezes em nossas casas, gosto de sempre poder contar com elas para tudo. Sinto-me livre em deixar minha melhor versão fluir, sou muito fechada com outras pessoas, mas quando se tratam delas eu nem penso antes de me abrir. Poder ouvir conselhos, conseguir me abrir, chorar, me recompor e erguer a cabeça é a melhor parte de tê-las do meu lado. Fazíamos todos os trabalhos juntas e quando não podia, perguntávamos algo tão óbvio: “Pode grupo de quatro pessoas?”.

            Era tão perfeito, mas um dia tudo mudou. Minha mãe decidiu me mudar de escola, e eu não achei que isso afetaria tanto a minha vida. Continuei a conversar com elas por mensagens, porém não estava mais do mesmo jeito. Eu não tinha a mesma conexão com elas. Ficou tudo tão diferente.

            Não pude mais sair com elas, porque os nossos horários estavam diferentes. Tentava me achar em outros grupos para suprir a falta que sentia delas. No entanto, nada adiantava. Não era fácil preencher o vazio de uma amizade que foi construída durante 5 anos.

            Minhas notas começaram a cair de forma significante. Minha mãe percebeu e tentou conversar comigo, mas eu não sabia como explicar o que estava acontecendo. Então, ela decidiu me levar em uma psicóloga. Semanas depois, Ana (psicóloga) disse que bons amigos são um antídoto para doenças físicas e emocionais, e me aconselhou a ser sincera com as meninas, dizendo o que penso sobre estar sendo excluída.

            Chegando em casa pensei bastante em suas palavras e decidi mandar uma mensagem no nosso grupo. Consegui dizer tudo o que sentia. Abri-me completamente e o medo de ser rejeitada era o que me domava naquele momento. A sensação de receber uma mensagem negativa era deplorável, mas não foi isso que aconteceu.

            Todas foram bem compreensivas comigo, me entenderam e se desculparam. É claro que a culpa não era só delas, eu também fui responsável por não perceber antes e tentar mudar alguns hábitos e horários para poder vê-las ou conversar mais com elas.

            Depois disso, percebi que as amizades proporcionaram um suporte tanto social quanto emocional, por causa do compartilhamento das experiências, interesses, sentimentos e emoções. Então eu comecei a priorizar mais as pessoas do me convívio, mas ao mesmo tempo tenho cuidado para não criar uma dependência emocional que futuramente me trará problemas piores.

 

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